Este trabalho compõem a série Notas espaciais que buscam problematizar e pensar o espaço a partir da escrita, do fragmento, das páginas em branco, da gravidade, do peso e volume.


O mar (indefinido)







Nota escrita sobre esse trabalho após a sua realização.

Os processos de escrita e leitura são processos possíveis apenas no tempo. Apenas na cidade de Deserto, a última viagem que realizei neste primeiro percurso, fui capaz de criar a palavra. Deserto é paisagem do absurdo e a palavra o próprio nada. Agrego às pedras, tão concretas, algo tão inefável como a palavra, mas capaz de produzir efeitos no mundo concreto tambem.

Talvez a vontade de nomeá-lo pelo artigo aparece para particularizá-lo. Um Mar, O Mar, recolhido por mim, na cidade de Deserto. Além, de um desejo por nomeá-lo com um nome próprio.

Partindo de um procedimento de coleta e registro, colhi fragmentos da parede de uma ruína a beira da estrada na cidade de Deserto, propondo uma relação entre a matéria recolhida e o símbolo da palavra que a nomeia.A fotografia realizada em Deserto registra uma concha de Solidão, construindo assim relação anacrônicas entre os deslocamentos e palavras, sobrepondo camadas simbólicas de tempo



O Mar (Indefinido)
Viagem à Deserto
Fragmentos de Ruína e Fotografia
Dimensões 100 x 4x 55 cm e 60 x 40 cm
2016


 




O mar em deserto
Fotografia
Dimensões 100x80 cm
2016