Bardot est la coupable


Será possível se comunicar sem construir estruturas de poder? Os discursos proferidos antes e durante uma guerra são sempre fatalistas e inevitáveis. Utilizam-se de um vocabulário pomposo e constroem uma fala abstrata e direcionada a um interlocutor nebuloso, o que lhes retira um caráter ativo e os situa como uma resposta a um outro. Um outro difuso.E se o outro é sempre o culpado, evidenciando uma falha de comunicação, por que não propor uma interlocução possível? Por que não culpar Bardot, a terrorista?

A partir do filme Viva Maria de comédia pastelão de Louis Malle cujo papel ocupado por Brigitte Bardot é de terrorista, proponho uma pequena reedição do filme onde sobreponho imagens do filme, áudios de discursos pré-guerra de presidentes (Kennedy, Reagan, Bush e Netanyahu) e imagens reais de guerra ( Guerra do Vietnà, Iraque em 2002 e Palestina em 2014). O trabalho intenta abordar questões relativas a comunicação e construção vocabulário .
Instalação
Video , impressão e projeção
2014